Pavel – Kiev, Ucrânia

Quando o italiano Gabriele Galimberti teve a ideia de fotografar crianças do mundo todo com seus brinquedos, ele não estava esperando descobrir muita coisa diferente do que já sabia: meninas adoram bonecas, meninos curtem dinossauros, caminhões, bichos de pelúcia fofinhos e assim, constroem seu universo lúdico ao redor.

Mas, o jeito como brincam pode nos revelar muito. Em seu projeto Toy Stories, Galimberti enxergou que o “brincar” reflete o mundo em que cada criança nasceu: uma menina de Mumbai ama Monopoly porque gosta de construção de casas e hotéis por conta da profissão de seu pai, o menino da zona rural do México ama caminhões, por conta da plantação de açúcar próxima a sua casa.

Também há similaridades que ultrapassam classe social, país e cultura: um menino de 6 anos no Texas e uma menina de 4 anos em Malawi adoram dinossauros pois ambos acham que eles os protegem dos perigos da noite (sequestradores e animais peçonhentos).

No fundo, Galimberti descobriu que os brinquedos revelam as esperanças e ambições das pessoas que as compraram: seus pais. “Fazendo isso, eu aprendi mais sobre os pais do que sobre as crianças. Nessa idade, todos eles são são os mesmos”, concluindo o projeto após 18 meses de trabalho: “Eles só querem brincar.” Independente do brinquedo. Interessante, não?