Conheça Stan Bree, um artista mexicano mascarado que vê a tatuagem como um ato de tortura, é obcecado pela violência e pelo script extremamente extravagante de Amelie Poulain. Apesar de parecer ousado demais, seu trabalho na pele cheio de linhas contínuas é fantástico.
Stan Leeray (mais conhecido como Stan Bree) é um artista curioso da Cidade do México que basicamente cria figuras complexas usando uma série de linhas que sem esforços fluem continuamente.
Como resultado, são incríveis tatuagens em blackwork e retratos modernos nada convencionais, que mais parecem estar em constante movimento.
Em entrevista ao site colombiano Shock, ele explica um pouco sobre suas inspirações, como começou a tatuar e mais. Confira:
Sobre seu estilo: “Eu comecei a fazer um estilo inspirado na tatuadora portuguesa Nouvelle Rita quando um amigo me pediu um projeto similar. Eu gostava dela e comecei a estudá-la. No início, demorei seis horas entre esboços e tatuagem. Hoje, vejo meus traços como não simétricos, são as linhas que dão o volume para as coisas. Cada tatuagem é criada única e exclusivamente para cada pessoa.”
Stan Bree se interessa curiosamente por tortura, assassinos em massa e costuma aparecer em fotos com uma máscara que cobre todo o seu rosto.
“Eu sempre uso máscara aqui (no estúdio). Eu gosto de usar pois me isolo de mim, depois de colocá-la já não tenho nenhum desejo de falar, é mais fácil de se concentrar, especialmente com os clientes que o tempo todo são muito intensos. Eu tenho várias, de todos os estilos.”
Sobre o gosto pela tortura, ele se explica: “Eu acho que existem diferentes tipos de mal. As mentes dos assassinos hospedam ideias diferentes, por isso a minha curiosidade. Apesar disso, levo um estilo de vida normal: amigos, família e corpos no porão (brincadeirinha).”
No meio de uma mente que parece sombria, ele confessa adorar o filme Amelie Poulain pelo seu script.
Sobre o nome Stan Bree: “O apelido surgiu inspirado na similaridade da textura das linhas e de fios. Muitas linhas e nenhum padrão. Daí o nome e a técnica, que é uma nova representação das minhas coisas.”
Sobre ser tatuador: “Normalmente as pessoas não gostam do seu trabalho e, como tatuador, as pessoas pagam para você fazer algo que você faz para se libertar, pelo simples prazer. Eu vejo a tatuagem como uma tortura legal, um tipo de masoquismo. A tatuagem é uma lembrança, uma forma de autopunição.”
“Eu sempre gostei de tatuagens, mas eu queria ser músico. Eu comecei como aprendiz onde eu tatuei meu pescoço e desde então são dois anos na profissão.”
“Tatuar é incrível, especialmente quando o cliente confia, porque o que eu mostro no início é apenas um esboço.”