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Economia compartilhada: 5 iniciativas conscientes que mostram um novo jeito de consumir moda

Desde a revolução industrial, o mundo vem experimentando um aumento exponencial da relação produto x demanda. Os anos 50 são considerados a era de ouro do capitalismo e dessa época surge o movimento hippie protagonizado por jovens questionadores que, entre outras coisas, pregavam a desaceleração do consumo alertando que as consequências para o meio ambiente seriam desastrosas.

Diversas décadas se passaram e nada mudou. Aliás, ao contrário: estimulados pelas estratégias de marketing, as pessoas são induzidas a cada vez mais acumular coisas. Mas felizmente, estudos relatam que muitos jovens – sempre eles, catalizadores das grandes mudanças – estão saindo da sua zona de conforto e trocando o “consumir” pelo “experimentar”, como mostra esse artigo publicado pelo FFW.

E na contra-mão do consumo exacerbado, descobrimos que a economia compartilhada e consumo sustentável passa a fazer cada vez mais parte do dia a dia das pessoas.

Depois desse vídeo super impactante produzido pela Box 1824, que fala sobre o Lowsumerism (em que menos é mais), o questionamento aumentou e percebemos a necessidade da busca de uma nova consciência, enxergando que existe uma diferença abismal entre consumo e consumismo. Como diz no vídeo: “quebrando a lógica que foi implantada na nossa mente – nós realmente precisamos disso?”

Esse consumir menos significa consumir de maneira mais consciente, buscando alternativas inteligentes para viver com o necessário. Já são diversos modelos de negócios capazes de atender às nossas necessidades e vontades de uma maneira menos nociva.

Pensando nisso, selecionamos 5 iniciativas bacanas que seguem esse conceito, além dos já conhecidos brechós e das famosas customizações, que encontramos por aí e adoramos. Confira:

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1- LENA: Uma biblioteca de Roupas na Holanda

Uma loja holandesa, em Amsterdã, empresta roupas para mulheres, visando reduzir o consumo e assim contribuir com o planeta. Nela, assim como em uma biblioteca comum, as pessoas podem alugar roupas, fazer uso delas e devolvê-las, com uma assinatura a partir de €19,95. Lá, cada peça equivale a uma quantidade de pontos – que a pessoa pode ir acumulando conforme aumenta o valor da sua taxa – e assim fazer as trocas por um período de tempo.

Além disso, cada assinante recebe uma sacola para levar suas coisas, evitando as sacolinhas de plástico – mais uma forma de contribuir para o meio ambiente.

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2- Roupateca: Guarda-roupa compartilhado em São Paulo

Existe uma biblioteca parecida com esse formato por aqui também. A Roupateca fica em São Paulo, e conta com um acervo com marcas nacionais e internacionais que podem ser alugadas por uma assinatura de R$100, 200 ou 300 reais mensais.

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A exigência para escolher um novo item na arara coletiva é devolver a peça anterior lavada, já que tudo funciona na base da troca. O espaço em Pinheiros na House of Bubbles abriu suas portas com peças que incluem roupas, sapatos e acessórios.

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3- Ateliê Vivo: Biblioteca de Modelagens em São Paulo

Imagina ter acesso a modelagens testadas e aprovadas e poder, a partir delas, construir suas próprias roupas? Pois então. É assim que funciona a Ateliê Vivo. O projeto é do Grupo Maior Que Eu, que tem a coordenação de Karla Girotto.

Dessa maneira pode-se vivenciar todo o processo de desenvolvimento de uma peça de roupa, o que possibilita a compreensão da “moda além da roupa”. É a reconquista da autonomia, uma espécie resgate do passado, quando as roupas eram confeccionadas de maneira totalmente artesanal.

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O Ateliê Vivo fica no bairro do Bom Retiro e conta com maquinários, modelagens, ajuda na construção de peças, manuseio de materiais e ainda dá orientação técnica. Único porém: você precisa ter conhecimento prévio em corte e costura.

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4- Gustavo Silvestre: a volta do processo artesanal

Falando em artesanal, como consequência do movimento Slow Fashion, o processo de construção de uma roupa feita a mão voltou a ser estimado. Trata-se da roupa com história e não apenas de um produto feito em massa para as massas, onde valoriza-se qualidade e não quantidade, e cada vez mais a maneira como o produto é desenvolvido e todo o conceito envolto em sua criação.

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Um ótimo exemplo é a marca Gustavo Silvestre que além do desenvolvimento de roupas e acessórios artesanais, todo o processo de produção utiliza matéria prima sustentável e tinturaria natural, ou seja, impacto reduzido no meio ambiente.

CWG15 SÃO PAULO SP 3/3/2016 COWORKING MODA & BELEZA Espaço de coworking de moda no bairro da Consolação , no centro. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/ESTADAO

5- LAB Fashion: um coworking de moda 

O Lab Fashion é um espaço de coworking de moda, um tipo de ateliê compartilhado com o objetivo de repensar a maneira como se consome e se faz moda, com ações sustentáveis e criativas.

O espaço fica em São Paulo na Consolação, perto das cinco principais faculdades de Moda de São Paulo e lá é disponibilizado computadores, máquinas de costura e estúdio fotográfico, entre outros recursos de infra-estrutura necessários para se trabalhar com moda, além de estimular o networking e a co-criação.

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Além de tudo isso, em uma volta rápida pela internet já se consegue encontrar diversos sites de troca de peças e brechós online que estão sendo criadas a cada dia.

Se você se interessa pelo assunto, veja aqui mais um artigo sobre a responsabilidade e descarte das roupas e confira um vídeo sobre o caminho que um produto percorre pra chegar até a gente. Quem sabe você também não se inspira a não só consumir de forma mais consciente, como criar novas iniciativas que farão a diferença no planeta.

Via/Via/Via/Via/Via.

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