Fotógrafo revela tatuagens escondidas debaixo das roupas e questiona a atitude de julgar as pessoas pela aparência

Fotógrafo revela tatuagens escondidas debaixo das roupas e questiona a atitude de julgar as pessoas pela aparência

série fotográfica Covered de Alan Powdrill

“Minhas tatuagens são parte de quem eu sou e eu sempre vou amar meu corpo: agora ou quando eu tiver 80 anos. O amor que eu sinto quando me vejo é pra toda vida.” (Victoria, 37)

Se o corpo é o templo da alma, por que não decorar suas paredes? Para muitas pessoas, a pele é uma tela – exibe alguns de seus pensamentos, expressa seu estilo e ter tatuagens é uma arte. Algumas estão satisfeitas com um ou dois desenhos, mas outras, tatuam todo o corpo com muita tinta colorida.

E foi pensando justamente nisso que o fotógrafo britânico Alan Powdrill resolveu criar a série “Covered”. O projeto traz duas imagens comparando a mesma pessoa: em uma, elas estão bastante vestidas, na outra, as mesmas pessoas tiram toda a roupa. As fotografias tem como objetivo documentar e revelar a complexidade da identidade humana, além de questionar a atitude de julgar as pessoas pela aparência.

Para Powdrill, peças como ternos, calças jeans e camisetas, nos fazem ver as pessoas de uma certa maneira, nos fazem refletir um pensamento X por causa daquela estética. Mas e quando essas mesmas pessoas ficam quase nuas, sem nenhuma amarra social? Para esses indivíduos, as roupas, com certeza, simbolizam e mostram apenas uma parte de suas vidas.

série fotográfica Covered de Alan Powdrill

“Eu tinha 17 anos quando fiz a minha primeira. Eu escondi dos meus pais por muitos anos e quando eles descobriram, viram que isto ia ser a minha vida”. (Philip, 27)

A observação levanta também a seguinte questão: podemos mudar a nossa atitude em relação a uma pessoa, uma vez que descobrimos que ela tem um tigre gigante tatuado? Além disso, será que a tatuagem pode refletir a complexidade do caráter de um ser humano?

Powdrill espalhou o seu projeto nas redes sociais, a ideia se propagou e ele encontrou dezenas de tatuados ansiosos para mostrar um pouco de si. Todos os retratos foram feitos na parte de fora da casa dos participantes e acompanham uma frase significativa sobre suas histórias.

O resultado final é bem interessante! Atualmente, as fotos também estão expostas na galeria Mother London, em Londres. Confira:

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“Eu tinha 51 anos quando comecei a fazer tatuagens. Me pai já estava morto e minha mãe não disse nada, ela estava nos estágios iniciais de demência.” (Graham, 58)

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“Eu tinha 14 anos e minha mãe disse que se eu fizesse outra, ela iria me chutar para fora da casa.” (Simon, 45)

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“Estou além daquele momento em que você pensa em parar. É f ****** como dói, mas eu não mudaria meu estilo por nada desse mundo.” (Unsal, 46)

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“Minha mãe não estava feliz com a andorinha na minha mão, então eu disse ‘Olha mãe, eu não estou fazendo nada errado, não estou na rua consumindo heroína.” (Alex, 49)

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“Não posso dizer com qual idade eu vou parar. Enquanto ainda há espaço para preencher, vou continuar. Eu acho que a minha atitude nunca vai mudar.” (Michelle, 53)

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“Comecei em 1963, quando eu tinha 14 anos e eu acho que nunca vou parar.” (Dave, 66)

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“Eu adoro o fato de que eu sou uma pessoa de meia idade, com um ótimo trabalho, bom profissional, vivo cercado por pessoas quadradas e eu tenho ‘No F ****** Way’ tatuado no meu peito.” (Bill, 59)

No Instagram: @alanpowdrill. No Facebook: /Alan-Powdrill-Photography.

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