Guilherme Pangnotta. O web entusiasta de 27 anos que mora em Belo Horizonte, é maníaco por pixels e tatuagens. Nessa semana, lançou o projeto InkStarter, que através do crowdsourcing, vai tatuar 7 desenhos aleatórios escolhidos por desconhecidos em sua perna esquerda. Detalhe: ele não entende nada sobre como tatuar.
Através de muita criatividade, entrega e confiança, o seu estranho experimento tem o objetivo de criar laços e conectar pessoas para sempre. E o que você tem a ver com isso? É que um dos 7 desenhos pode ser seu. Basta criar algo bonito e pedir para os amigos votarem, os com maior pontuação serão transferidos para a pele. A parte complicada? Qualquer pessoa pode participar, mesmo que tenha habilidade zero. O resultado? Veja você mesmo a galeria das imagens enviadas e tire suas próprias conclusões.
Conversamos com ele para saber um pouco mais sobre suas inspirações:
FTC: Guilherme, conte um pouco mais sobre você.
GP: Me chamo Guilherme Pangnotta, tenho 27 anos, sou publicitário e atualmente trabalho como desenvolvedor na JCHEBLY. Sempre fui fascinado pela internet. Queria entender como tudo era feito. E eu não tinha computador! Ficava apenas olhando um amigo mexer no FrontPage para Windows 95 criando as famosas “HPs” que hoje não vemos mais por aí. Pra quem não lembra dessa época, eu fiz uma versão do meu site atual como se fosse feito naquela época.
FTC: Como surgiu a ideia do projeto e qual o seu objetivo final?
GP: O InkStarter.cc nasceu de uma curiosidade antropológica. Uma experiência social. Até que ponto o ser humano pode chegar com um poder desse nas mãos? Essa foi a minha maior motivação. Queria saber o que cada pessoa me daria de “presente”. Engraçado que logo que coloquei ele no ar, só o que eu recebi foi trollagens. Mas, já estava esperando por isso, porque são poucas as regras para vetar um desenho.
O que eu não estava esperando e me surpreendeu muito foi um desconhecido me adicionar no Facebook e perguntar o que eu gostaria de tatuar para que ele pudesse desenhar e enviar. Essa foi uma das maiores satisfações e algo que realmente não esperava. Penso também em transformar o projeto em uma plataforma aberta ao público. Não sei ainda se irá acontecer. Ainda é cedo para uma evolução do projeto.
FTC: Quantas tatuagens você tem?
GP: Hoje muitas já se uniram pela falta de espaço e até por ser complementarem. Por exemplo, 7 desenhos em um braço com um mesmo estilo acaba virando uma obra só. Mas se contar todos os desenhos separadamente está em torno de 35 tatuagens (e contando).
FTC: O que você vai fazer se tiver que tatuar algo completamente non sense que as pessoas enviarem?
GP: HAHAHA, infelizmente não vou poder reclamar, porque dos quase 3 meses de concepção, criação e desenvolvimento do site/aplicativo, 1 mês foi gasto apenas para as regras e funcionamento do concurso. Ou seja, o que vier (coisa boa ou não) vou ter que receber de braços abertos. Afinal, eu me propus a isso (in)felizmente!
FTC: Você tem uma ideia básica de como se tatuar?
GP: Ideia básica eu tenho apenas do que eu já vi tatuador fazendo. E eu não costumo ver o que ele faz enquanto sou tatuado. Prefiro distrair, ou seja… Não sei absolutamente NADA.
FTC: Com o que você se inspira?
GP: Acho que hoje inspiração vem de tudo. São tantas referências e lugares para buscar conteúdo e informações que as vezes prefiro olhar para os meus gatos esperando que eles me digam o que fazer!
FTC: Qual o estilo de tattoo que você curte?
GP: Gosto de todos! Tatuagem é expressão. Vai além de estilos e significados. Muitas das minhas tatuagens não possuem significados. Mas, tenho sim minhas preferências: gosto muito do Tradicional e do Neo Tradicional. Diria que é alto astral das tatuagens.
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Quantos desenhos de pôneis espaciais teremos até o dia 17 de abril? Não sabemos. Até lá, vote no seu favorito e ajude o Gui a ficar mais bonito. Guilherme estará conectado com você para sempre ao tatuar seu desenho nele mesmo. No Facebook: Ink Starter.