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Trabalho independente: 7 mitos da vida de freelancer (e como tudo funciona de verdade)

O trabalho independente está crescendo, mas ainda há muitas ideias erradas sobre como tudo funciona de verdade.

É difícil encontrar um profissional independente que nunca tenha ouvido frases do tipo “É freelancer? Legal, mas como você ganha dinheiro?” ou “Que vidão, pode dormir a manhã toda!”. Somos entusiastas do modelo autônomo e na comparação com o regime tradicional ainda vemos muitas vantagens — mais liberdade e qualidade de vida, por exemplo. No entanto, não é como se o dinheiro caísse na conta magicamente, não é mesmo?

Para muitas pessoas é difícil compreender a dinâmica do trabalho independente e esse desconhecimento acaba gerando alguns mitos, e até preconceitos, sobre o freelancer. Veja alguns deles:

É um desempregado!

Esse, infelizmente, é um clássico. Muita gente acha que só é freelancer quem perdeu o emprego no modelo tradicional ou que não tem outra opção, está desesperado. Mas isso não é verdade. O trabalho independente tem sido, cada vez mais, uma escolha do profissional —  em busca de novos desafios, mais liberdade criativa ou uma vida menos estressada. E pesquisas corroboram essa afirmação, mostrando que é crescente o número de trabalhadores autônomos no mercado.

Dorme a manhã inteira

Seria muito bom, não é mesmo? Mas, não é bem isso que acontece. Com certeza há maior liberdade de horários, mas lembre-se que o freelancer também tem reuniões e prazos a cumprir. Então, é preciso ter disciplina, com uma rotina regrada de horários, para ser produtivo. Se você ficar a manhã inteira na cama todos os dias da semana, vai produzir menos e, por consequência, ganhar menos.

Passa o dia de pijama

Tem quem pense que ser freelancer é igual passar o dia inteiro em casa de pijama e pantufa. Grande engano! Primeiro porque mesmo que você trabalhe em home office, é bem importante desenvolver uma rotina que direcione o cérebro para o trabalho. Levantar e trocar de roupa dá aquela sensação de que o dia está começando de fato. Em segundo, porque você ainda vai ter que ir em reuniões (mesmo que via Skype, por exemplo) ou eventos. E ninguém vai querer aparecer com uma camiseta rasgada ou moletom velho.

Não tem chefe

Realmente, não há mais aquela figura tradicional do chefe no seu cangote o dia inteiro. Mas no lugar dele temos outra entidade (talvez até mais temida): o cliente!  Ele ainda vai cobrar prazos e ficar de olho na qualidade das entregas. Então, você vai ter que ser tolerante, paciente e engolir alguns sapos. Claro, se houver conflitos graves, você tem o poder de demitir o cliente, mas terá que buscar outro para não comprometer seu orçamento.

Faz o que quer, na hora que bem entender

A liberdade de horários é uma das grandes vantagens do trabalho independente. Poder organizar sua agenda sem estar atrelado ao horário comercial é muito bom. No entanto, não é como se você pudesse trabalhar só quando tem vontade. Ao contrário, como só recebe se produzir, o freelancer muitas vezes fica acordado até tarde ou trabalha mesmo doente para cumprir as demandas.

Nunca vai ganhar muito dinheiro

Outro mito muito comum é que no trabalho independente o profissional vai sempre receber menos que no modelo tradicional. Na verdade, embora não conte com os benefícios da CLT, é comum ter ganhos maiores como autônomo. Uma vez que sua hora de trabalho não está mais atrelada a intermediários na prestação de serviços, o lucro é maior e é todo seu. Obviamente, é preciso de tempo para se estabelecer no mercado e gerir adequadamente o orçamento, mas é possível, sim, ter uma ótima renda.

Tem um trabalho ‘barbadinha’

Concordamos (e celebramos) que há muitos benefícios na vida de freelancer. Mas, como fizemos questão de ressaltar no início do post, não existe mágica e, sim, muito trabalho. Todos os dias há perrengues para resolver: prazos apertados, clientes estressados, demandas complicadas, distrações diversas…É preciso ter muita disciplina e concentração. Algumas vezes o caos vai se instalar. Mas, calma! No dia seguinte tudo entra nos eixos de novo.

Lembrou de algum mito que ficou de fora da lista? Conta para a gente nos comentários!

Imagens: Unsplash.