Conhecida como “a cidade do fim do mundo”, Ushuaia tem esse apelido por ser o local mais ao sul do planeta. A latitude de Ushuaia não faz só a neve demorar a derreter, mas também garante paisagens incríveis, com glaciares, florestas e picos nevados na extremidade do sul dos Andes ou na cordilheira Darwin (conhecida assim em homenagem ao navio de Charles Darwin, que passou por lá). E o melhor: fica logo ali, nos nossos vizinhos hermanos, na Patagônia Argentina.

A região, embora pequena, com pouco mais de 50 mil habitantes, oferece vários passeios bacanas, bons restaurantes, locais para compras e até cassinos. Mas, são as atividades ao ar livre que são fortes. Por estar localizada na Ilha da Terra do Fogo, possui uma natureza espetacular, com diversos bosques, montanhas, rios, lagos e canais. O mais legal? Há pinguins e dias absurdamente longos no verão (na Patagônia, amanhece antes das 4h e anoitece só depois das 22h30), além de estações de esqui fora do eixo (pistas que são hype no inverno), uma delas ao lado de um hotel maravilhoso e futurista chamado Arakur.

O Arakur Spa & Resort fica em cima da montanha, puro luxo, uma das melhores hospedagens locais. Tem uma vista maravilhosa por estar localizado dentro de uma reserva no alto. Isso significa que você tem a visão de uma varanda natural situada a 800 pés acima do nível do mar, rodeada pela floresta nativa, terraços e áreas verdes – além de ver as piscinas ao ar livre. Sua arquitetura é minimalista e perfeita para quem gosta de design.

Ao lado de Arakur, fica esta principal estação que falamos acima, a Cerro Castor, que tem 31 pistas, 650 hectares esquiáveis e atravessa o inverno sem cair nos termômetros. A neve cai por lá de junho a outubro, o que faz a cidade ter a maior temporada gelada. Também, você sabia que Ushuaia está mais perto da Antártica do que de Buenos Aires? Por isso, muita gente pega um barco para fazer uma viagem continental rumo ao Polo Sul (um sonho!).

Para aproveitar com calma tudo o que o lugar oferece, a recomendação é ficar 4 ou 5 dias na cidade. Se a ideia é esquiar, dá para acrescentar no roteiro alguns dias exclusivamente para as atividades na neve. A temperatura média anual é de 6ºC; no verão, a média fica em torno dos 10ºC; no inverno, 2ºC. Além da temperatura, é preciso considerar os ventos, frequentes e gelados, fazendo a sensação térmica ser ainda mais baixa.

A indicação para quem não gosta muito de frio é visitar no verão, porque as atividades ao ar livre são mais agradáveis (trekking, biking). Também nessa estação partem os cruzeiros com destino à Antártica, onde os pinguins podem ser vistos nos arredores. É importante lembrar que muitos passeios fecham no alto inverno, dando lugar ao esqui e aos trenós.

A gastronomia também é um ponto alto da região: cordeiro assado, trutas, cogumelos, polvos e caranguejos enormes são levados ao forno com especiarias são típicas. Há muitos restaurantes ótimos por lá.

O que não dá para perder:

– Navegar pelo Canal de Beagle (onde fica a famosa placa do “fim do mundo”) que leva à ilha dos Lobos, um pequeno rochedo que é habitat dos leões-marinhos no início do outono, quando eles se encontram por ali para acasalar;

– Visitar a Isla Martillo, conhecida como “Pinguinera”, famosa por receber colônias de pinguins durante o verão;

– Dá para fazer muitas trilhas e 4×4: não deixe de ir no Lago Esmeralda, que surpreende pela natureza e pela cor da água;

– Parque Nacional Tierra del Fuego (há um passeio do Trem do Fim do Mundo, que conta a história de Ushuaia e leva ao belíssimo local);

– Curtir o festival de música erudita (música clássica) que acontece em abril (a Sinfônica de Berlim volta e meia está por lá pra se apresentar);

– Considerada a capital do estilo, a cidade é mais diurna que noturna. A noite, o legal é tomar umas cervejas no Dublin, um pub super movimentado. Se quiser algo mais calmo, caminhe pela Av. San Martín e faça umas compras por ali (artesanato, chocolates e mais);

– Visitar o Glaciar Martial. Dá para subir de teleférico ou caminhando – se tiver bastante disposição;