Design pode sim ser muito funcional, pode impactar a vida das pessoas e também resolver muitos problemas. E em um mundo em constante transformação social, cultural e ambiental, quais são os seus limites? Foi pensando nisso que os maiores nomes sobre o assunto no mundo, como Stefan Sagmeister e a Sissel Tollas, se uniram para criar um evento único.

Estamos falando do What Design Can Do!, conferência internacional realizada há cinco anos em Amsterdã, na Holanda, que desembarca este ano em São Paulo, nos dias 7 e 8 de dezembro, no Teatro FAAP. Pela primeira vez, o encontro ganha versão fora de Amsterdã e traz nomes nomes incríveis como Alex Atala, Irmãos Campana e Marcelo Rosenbaum, além de Marcello Serpa, como um dos embaixadores e um dos palestrantes brasileiros.

Designers, arquitetos, jornalistas, estilistas e chefs de cozinha vão trocar experiências criativas e discutir sobre a visão do design em temas relevantes relacionados a questões urbanas, consciência cultural e natureza.

A gente explica:

Stefan Sagmeister – Quando o designer gráfico nascido na Áustria abriu seu estúdio em Nova Iorque, sua ideia era trabalhar para a indústria musical e se manter pequeno. Rapidamente começou a criar capas de discos, que posteriormente se tornariam ícones para artistas como David Byrne, Lou Reed, Talking Heads e Rolling Stones, Vinte anos depois, Sagmeister alcançou o status de rock star dentro da comunidade do design.

What Design Can Do! São Paulo

Qual é o objetivo?

Serão dois dias de evento. Criada com a ideia de conectar os designers aos principais problemas sociais de nossa era, a conferência evoluiu para um movimento maior. Hoje, é um espaço no qual profissionais de diversos países inspiram uns aos outros com boas práticas no campo do “social design” por meio de debates e sessões especiais com mesas redondas e workshops.

Quais são os temas principais?

O evento possui 3 eixos temáticos principais, que conversam com a realidade atual de nossa cidade e nosso país: Questões Urbanas, Consciência Cultural e Natureza.

Por que São Paulo?

A escolha de São Paulo está ligada à rica cena cultural da cidade que é conhecida mundialmente, porém tem problemas de uma grande metrópole em fase de mudanças sociais, culturais e econômicas.

Alex Atala – Uma das muitas conquistas do chef é a busca de soluções sustentáveis no mundo da alta gastronomia. No D.O.M., seu restaurante em São Paulo, ele se recusa a importar ingredientes sofisticados, como fois gras e caviar, e prefere vasculhar o Brasil nativo, especialmente a região da Amazônia para obter produtos indígenas. D.O.M. está entre os 10 dos 50 melhores restaurantes do mundo que constam na lista S. Pellegrino.

Como vai ser a edição brasileira?

A edição brasileira tem ingressos disponíveis e traz cerca de 20 palestrantes de diversas áreas de todo o mundo para dois dias inteiros de apresentações. Entre os embaixadores e conselheiros do evento no Brasil estão nomes relevantes, como a especialista em economia criativa Ana Carla Fonseca, a jornalista e curadora Adélia Borges, o chef Alex Atala, o designer Marcelo Rosenbaum, a jornalista e crítica Maria Helena Estrada, os designers Irmãos Campana, o publicitário Marcello Serpa, o arquiteto e designer Giancarlo Latorraca e Miriam Lerner, diretora do Museu da Casa Brasileira.

Marcelo Rosenbaum – Designer de interiores e produtos, acredita que referências a memórias pessoais e raízes culturais podem aumentar a autoestima. Rosenbaum espalha sua mensagem por meio de seus projetos e suas performances midiáticas em programas de TV.

Outros palestrantes confirmados: Fabio Lopez (designer carioca), Rohan Shivkumar (arquiteto, urbanista e educador indiano), Sissel Tolaas (renomada artista norueguesa, cientista e especialista em olfato), Marije Vogelzang (designer holandesa pioneira no campo do food design), Tracy Metz (jornalista e autora americana sobre arquitetura, urbanismo, paisagem e natureza), Daisy Ginsberg (estilista britânica, artista e escritora), Catalogtree (designers gráficos holandeses, especializados na visualização de dados) e mais.

“Em um mundo em constante transformação social, cultural e ambiental, quais são os limites do Design? Entender a complexidade das relações humanas com seu ambiente e propor soluções integradas, inteligentes e sustentáveis tornou-se cada vez mais importante. O Design assume um caráter de agente de transformação social. Discutir estas mudanças é o objetivo desta conferência, sediada pela FAAP e que acontece pela primeira vez fora de seu país de origem”, destaca o Professor Fabio Righetto, diretor da Faculdade de Artes Plásticas da FAAP.