12 curiosidades interessantíssimas sobre as imagens icônicas do Halloween
Todo mês de outubro, conforme o evento se aproxima, as pessoas se vêem cercados por imagens simbólicas assustadoras. Há o brilho cintilante de uma abóbora macabra, teias de aranha e morcegos, além de pessoas vestindo presas sangrentas ou chapéus de bruxas.
O Dia das Bruxas (Halloween) é um evento tradicional e cultural, que ocorre principalmente em países de língua inglesa, mas com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como origem as celebrações dos antigos povos Celtas.
As imagens icônicas dessa data têm séculos de tradição e estão carregadas de significados poderosos. Muitos destes símbolos conectam nossas preocupações em torno do perigo e do próprio medo. Mesmo no Brasil, muitas imagens estão enraizadas no folclore e na história.
Mas de onde vieram essas associações? Fomos a fundo nessa história e selecionamos 12 curiosidades sobre as origens o clássico dia das Bruxas. Confira:
1 – O primeiro registro do termo “Halloween” é de cerca de 1745. A palavra veio do termo “véspera do Dia de Todos os Santos”;
2- Na Antiga Religião celta existia o Samhain, a Festa dos Mortos (no Cristianismo é celebrado finados, dia 2 de novembro). Com a Cristianização das Ilhas Britânicas, de maioria Celta, houve uma mistura desses costumes e das 2 religiões.
Assim nascia o Halloween: entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, data em que ocorria essa noite sagrada (hallow evening, em inglês). Acredita-se que assim se deu origem ao nome atual da festa: Hallow Evening – Hallowe’en – Halloween;
3- Os esqueletos e fantasmas têm raízes nesse antigo festival Celta de Samhain. Os celtas acreditavam que nesta noite, a fronteira entre os reinos dos vivos e mortos se misturavam — os mortos retornavam como fantasmas e podiam andar entre os vivos. Esta associação de “dia dos mortos” ainda hoje se mantém forte.
É por isso que símbolos da morte — como cemitérios e casas mal-assombradas — são tão presentes no Halloween. Esqueletos e fantasmas também são lembretes simbólicos do outro mundo, da morte e da mortalidade humana;
4- O termo “Dia das bruxas” não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa;
5- Acredite ou não, a abóbora original de Halloween não era uma abóbora — era um nabo. De acordo com o folclore irlandês, um homem apelidado de “Stingy Jack” pregou uma peça no diabo e foi condenado a vagar eternamente pela terra sem um lugar de descanso. Armado com apenas com uma brasa brilhante do diabo para iluminar o caminho, Jack colocou em um nabo esculpido e fez uma lanterna improvisada.
Os irlandeses o apelidaram de “Jack da Lanterna”, ou “Jack O’Lantern”. Na véspera de todo Halloween, os povos da Irlanda e da Escócia esculpiam rostos assustadores em nabos e batatas e colocavam brasas dentro deles, na esperança de afastar os maus espíritos e o Stingy Jack. Imigrantes europeus adaptaram esta tradição quando eles viajaram para os Estados Unidos, logo descobrindo que as abóboras seriam lanternas perfeitas;
6- Na Idade Média, um costume do Dia de Finados era o souling (de “soul”, alma), em que crianças pediam pelas portas um bolo, o “bolo das almas” – em troca, faziam uma oração pelos familiares falecidos de quem lhes dava o bolo.
Acredita-se que essa tradição evoluiu para a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, “doce ou travessura”), que teve possivelmente origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500-1700);
7- Civilizações antigas já tinham lendas e folclore sobre entidades sobrenaturais, demoníacas, que bebiam sangue — vampiros primitivos. Mas o romance de horror clássico de 1897 de Bram Stoker, Drácula, realmente trouxe a versão moderna dos vampiros à vida.
Estas criaturas são sinônimos de horror porque muitas vezes são descritos como “zumbis” — cadáveres humanos que retornam do túmulo para atormentar os vivos. Sua conexão com a morte e o sobrenatural os torna símbolos perfeitos de Halloween;
8- Já os morcegos têm sido associados com o mistério, o mal, a morte e o sobrenatural. Só são ativos à noite, além disso, eles vivem em cavernas, o que evoca o submundo. Vampiros também são muitas vezes associados aos morcegos, uma conexão popularizada pelo romance de Stoker e os muitos filmes de Drácula.
Uma teoria para a ligação entre morcegos e Halloween também é o festival de Samhain. Quando os celtas comemoravam o fim da colheita em 31 de outubro, eles acendiam fogueiras para manter os maus espíritos na baía. Esta prática poderia atrair insetos e, por sua vez, os morcegos;
9- A aranha é um antigo e poderoso símbolo mítico. Elas geram teias e estão associadas com a magia e o sobrenatural em muitas histórias folclóricas. O inseto também pode ser vinculado ao perigo, medo e decepção, por exemplo na expressão “teia de enganos”.
Teias de aranha são um acompanhamento natural para o dia das bruxas — sua presença instantaneamente evoca um sentimento assustador que algo foi morto ou abandonado por um longo tempo;
10- Todos nós reconhecemos imagens de bruxas que vestem um chapéu pontudo, têm uma verruga no nariz e montam em sua vassoura dela passando pela lua cheia. Talvez elas sejam o símbolo mais comum de Halloween. A icônica imagem como vemos hoje é uma caricatura, mas é ainda estreitamente associada com o mal e a infelicidade. Na verdade, a indústria de cartões de saudação adicionou a figura da bruxa nos cartões de Halloween no final de 1800, pensando que seria uma boa representação visual para o feriado macabro.
Na idade média, a bruxaria foi associada com a adoração ao diabo e magia negra, o que era temido amplamente em toda a Europa. Durante a caça às bruxas que ocorreu mais tarde na Europa e América, uma histeria em massa se espalhou e milhares de mulheres foram acusadas de feitiçaria, e assim foram posteriormente mortas. As bruxas são figuras literárias também; Elas eram retratadas como malvadas e feias em peças shakesperianas e muitos contos populares europeus;
11- Há ainda uma grande conexão entre bruxas, gatos pretos e o mal. Tudo porque na Idade Média, os bichanos dessa cor eram considerados bruxas e diabos transformadas em bichos. Pois bem, essa era a mentalidade da época que, além disso, levantou a ideia de que cruzar com um deles na rua poderia trazer má sorte. Foi aí que essa história nasceu, por conta da associação às trevas e a magia negra.
Isso também aconteceu porque durante a caça às bruxas, as mulheres acusadas, frequentemente tinham gatos pretos como companheiros. Desde que os gatos ficassem bem escondidos e despercebidos no escuro, pareciam ser parceiros perfeitos para elas aos olhos dos outros (seriam demônios que poderiam ajudar as bruxas com magia negra). Por isso o preto é freqüentemente associado com morte, má sorte, mistério e mal. Os gatos pretos eram considerados objetos de superstição;
12- As cores laranja, preto e roxo não foram escolhidas por acaso para representar o Halloween. O laranja traz vitalidade, energia e força. Os celtas acreditavam que os espíritos se aproximavam daqueles que se vestiam de laranja para sugar-lhes a energia. O preto é a cor predominante dos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes do mestre das trevas. Já o roxo simboliza o ocultismo, a magia presente em toda a comemoração;
Imagens: Shutterstock.
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