Autocompaixão: é possível aceitar a si mesmo integralmente?

Autocompaixão: é possível aceitar a si mesmo integralmente?

Quando seu melhor amigo ou amiga mandam aquele su-per áudio pelo whatsapp ou chamam para conversar porque estão com um problema, em geral – considerando que somos, em média, relativamente boas pessoas – somos pacientes ao ouvir, entender, aconselhar e aceitar. Independente da seriedade do problema: uma briga com o parceiro, uma dificuldade financeira ou uma doença na família, para qualquer problema há sempre solução. Costumamos tentar diminuir a culpa e deixar nosso amigo ou amiga mais confortável e tranquilo.

Ser amigo, nas condições descritas acima ou em situações parecidas requer trabalharmos a nossa capacidade de ser compassivos. Nem sempre é fácil, mas estamos prontos para tentar ajudar– especialmente quando se trata dos outros. Agora, por que é tão difícil ser compassivo e gentil consigo mesmo? E ainda, por que necessitamos, geralmente, da compaixão de alguém para podermos nos aceitar?

O autoconhecimento, a autoestima e a autocompaixão são fundamentais para nós sermos pessoas melhores e mais gentis com nós mesmos e com os outros. 

AUTOESTIMA X AUTOCOMPAIXÃO

A professora Ph.D. da Universidade do Texas, Kristin Neff, estuda compaixão há anos e costuma definir a “autocompaixão” como uma forma de tratar a si mesmo com gentileza quando você sente que algo está errado. Neff ainda chama a atenção dizendo que, apesar de estar relacionado com autoestima, as duas coisas são diferentes. Autoestima tem relação com valor próprio e é um conceito que nos desconecta dos outros.

Já a autocompaixão nos conecta mais e mais pois nos mostra que devemos tratar a si mesmo e ao próximo da mesma forma. (Acredito que Jesus Cristo também teve algo a dizer sobre isso…). Na atualidade, estamos muito focados na autoestima. Inclusive esse é um conceito que está em voga atualmente. Depois de anos tentando definir sexismo, feminismo, bullying dentre outros diversos problemas sociais, nossa autoestima ficou, digamos que, abalada. Por isso tanta preocupação com ela!

Claro que não devemos parar de trabalhar nosso valor próprio e autoimagem. Mas a vida não é feita só disso. Devemos também trabalhar a autoaceitação e esse é um exercício extremamente difícil. Afinal, quem quer aceitar que um dia realmente foi muito mal educado com alguém que amava, falhou no emprego ou não conseguiu mais uma vez a vaga naquela faculdade que sonhava?

COMO PRATICAR A AUTOCOMPAIXÃO

Alguns psicólogos e estudiosos acreditam que o ambiente familiar onde se mantenha o hábito de perceber e aceitar o próximo, além de terapias em grupo e cursos de mindfulness ou meditação podem ajudar a trabalhar melhor nossa autocompaixão. Para aqueles que ainda não podem enfrentar por inteiro seus defeitos e qualidades, suas falhas e sucessos, fica aqui a garantia que a vida é fluida e não há momento em que estejamos 100% felizes e realizados.

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Podcast sobre noias de @cafremder e convidados. Exclusivo no Spotify Brasil. Para acessar os episódios, clique aqui.

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