Cooltura

Eu me chamo Antônio

Guardanapo não serve só para limpar boca. Serve pra guardar telefone de gente em bar (pelo menos serviu há algum tempo), serve para anotar o que é preciso lembrar no dia seguinte, serve para expressar talento. É assim com Pedro Antonio, sempre inquieto. Ele começou a rabiscar no balcão do bar, com o que tinha em mãos: 1 caneta preta, 1 guardanapo e 1 câmera de baixa resolução. Daí para frente, ao divulgar seus pensamentos em seu tumblr Eu me chamo Antônio, viu que as pessoas estavam gostando dos seus doodles. Montou uma página no Facebook. Deu certo, rápido demais para o seu espanto: as pessoas começaram a curtir. E é assim que segue o seu projeto, com palavras bem colocadas e sentidos bastante verdadeiros. Conversamos com Pedro Antonio para saber um pouco mais de seus guardanapos, afinal, são mais de 300 conforme a sua conta. O que te inspira?

” Olha eu gosto muito de ler, mas não sei se é livro que me inspira. Acho que é muito mais música. Gosto de colocar uma playlist e caminhar: as palavras parecem que me seguem e as ideias começam a surgir. Anoto em qualquer coisa: conta, nota fiscal, na mão, pra não perder a essência da ideia. Mas, meu poeta preferido é o Mario Quintana. Ele consegue resumir o mundo em 2 versos. Qualquer poema dele é fácil e profundo. Gosto muito dele pela simplicidade e pela forma reflexiva, é filosófico. Acho que esse formato meio hai-kai dos meus guardanapos tem inconscientemente muito de Mario Quintana. É assim que nascem meus poemas. Onde você limpa a boca, eu lavo a alma.”

Vai lá pra ver mais: Eu me chamo Antonio.