Fotógrafo passa 1.500 dias em museus observando pessoas que combinam com obras de arte
A grande maioria das pessoas vai a um museu para observar as obras de arte. Menos o fotógrafo europeu Stefan Draschan, que, para o seu projeto (inusitado e criativo) “People Matching Artworks”, ficou horas em diversos museus esperando para registrar pessoas que combinassem com os quadros.
Draschan afirma que suas fotos não foram encenadas e que o grande segredo foi sua enorme paciência. Ele visitou museus de Paris, Berlim e Viena para esse projeto, que totalizaram meses e meses de espera por seus modelos. “Estive em museus por um total de 1.500 dias nos últimos cinco anos”, conta ele ao site The Hindu.
STEFAN DRASCHAN E O PROJETO “PEOPLE MATCHING ARTWORKS”
O fotógrafo descobriu seu talento aos 34 anos, quando ganhou sua primeira câmera profissional do seu irmão. Formado em História, ele já havia trabalhado como jornalista, professor, DJ e analista de redes sociais.
Seu projeto de maior repercussão, “People Matching Artworks” é o resultado incomum de pessoas que se parecem com Monets e Van Goghs. São pessoas que se vestem com as cores ou param para observar os quadros de forma que parecem fazer parte dos mesmos. Draschan começou a documentar essas cenas em 2015 e desde então ele já registrou mais de 1000 fotos.
Além de fotografar pessoas que combinam com obras de arte, Stefan também captou algumas imagens engraçadas como pessoas dormindo em museus e bibliotecas. Na verdade, esta também é uma série inteira em si. “Curiosamente, às vezes também encontrei pessoas discutindo com as obras de arte”, lembra ele.
O resultado é muito interessante e faz a gente se questionar: a vida imita a arte ou a arte imita a vida?
Para conferir o trabalho, acesse o site de Stefan Draschan ou diretamente o Tumblr do projeto “People Matching Artworks”. O fotógrafo também lançou um livro com os retratos dessa série, disponível na Amazon.