De olho no futuro: Designers franceses criam a primeira tatuagem do mundo feita por um robô industrial
Fazer uma tatuagem é um processo incrivelmente detalhado para um artista. Primeiro, a conversa com o cliente, depois, a elaboração de um desenho, o estudo dos traços. Em seguida, colocar a mão na massa, saber usar a agulha, cor e tinta perfeita, enfim, são inúmeros detalhes. Requer cuidado com a pele, dedicação, paciência e muita atenção do profissional.
Recentemente, um experimento foi controverso a todo esse processo. Depois de dois designers hackearem uma Maker-bot, impressora 3D doméstica, em Paris em 2013 para fazer tatuagens automáticas retiradas de um banco de imagens, chegou a vez dos mesmos franceses e um engenheiro usarem um robô industrial (máquina programada para a indústria automotiva) para criar desenhos mais complexos na pele.
O projeto, chamado de Tatoue, foi criado em parceria com a Autodesk/Pier 9 de São Francisco. O conceito foi testado infinitas vezes em manequins e mock-ups (silicone, pele artificial) antes de ser experimentado em uma pessoa. Mesmo assim, quando chegou a vez de um cliente real, os artistas envolvidos olhavam visivelmente tensos a experimentação.
“Queríamos fazer uma máquina de fazer tatuagem real para a pele humana, assim continuamos trabalhando nesse projeto durante o tempo todo, com a ajuda de professores e outros estudantes. Pegamos emprestado um manual de uma máquina elétrica com um tatuador e usamos pele artificial para o primeiro teste. Escolhemos desenhar um círculo simples. A forma foi perfeita para verificar a precisão do processo. Funcionou! Mas agora tínhamos que encontrar um voluntário para ser o ‘cobaia’. De alguma forma, não tivemos dificuldade. Muitas pessoas ficaram animadas com a ideia de serem a primeira pessoa do mundo tatuada por um ‘robô’.”
O robô foi modificado para receber uma máquina de tatuar em seu braço. Um Software da Autodesk foi responsável por dar instruções do desenho. Confira o vídeo:
Muitos truques foram testados para apertar a área em torno do pele (um anel de metal, elásticos, fita adesiva) mas o mais eficaz foi um tipo de tubo, aberto na área a ser demarcada.
Vários voluntários estão sendo tatuados pela máquina. A grande dificuldade ainda é repetir o mesmo exercício em diferentes curvas, corpos e tipos de flexibilidade da pele.
A ideia, não deixa de ser ousada, não? Os criadores dizem que o robô possui muito mais estabilidade que um profissional e não comete muitos erros. Será? Você consegue ver mais vídeos dos processos aqui.
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